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Descarbonização do setor automotivo passa por toda a cadeia produtiva

2a edição do Congresso Nacional Integrado de Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes tratou de temas associados à sustentabilidade

Florianópolis, 12.8.2024 - O objetivo global de descarbonização só pode ser alcançado com a participação de toda a cadeia produtiva em torno da indústria automotiva. Uma transição energética que contribua para a sustentabilidade ambiental envolve esforços que passa pela mineração de materiais usados na fabricação, infraestrutura para a mobilidade elétrica, adequação de frotas e o desenvolvimento de veículos com tecnologia alternativa ao uso de combustíveis fósseis, como o totalmente elétrico e híbridos que combinam o etanol e outras fontes biocombustíveis.

A afirmação é do vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, João Irineu Medeiros, no 2º Congresso Nacional Integrado de Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes (Mobicit). O evento de caráter técnico-científico reuniu professores e representantes da indústria para debater o impacto da eletromobilidade na sustentabilidade e na economia, desafios na estruturação de cidades inteligentes, soluções para acelerar a adoção da eletrificação veicular, políticas governamentais e regulamentos ambientais, e a infraestrutura urbana para abastecimento de elétricos. O congresso, que foi realizado no Instituto SENAI de Tecnologia, também divulgou trabalhos acadêmicos voltados aos eixos centrais da agenda.

O executivo do grupo formado em 2021 pelas fabricantes Fiat-Crysler e Peugeot-Citroën, detentor de 14 marcas, trouxe um panorama dos planos da montadora para reduzir em 50% as emissões de toda a linha produtiva até 2030, chegando a 100 por cento em 2038, com investimentos de R$ 32 bilhões. 

O projeto envolve desde a instalação de novas plataformas para a fabricação de carros totalmente elétricos ou de modelos híbridos, desenvolvimento da cadeia de suprimentos da matéria prima a baterias, reciclagem e captura de carbono gerado pelo etanol para reaplicação em áreas de cultivo da cana de açúcar, retroalimentando a produção do próprio combustível. Ele disse que a descarbonização é a maior prioridade da companhia, mas ela deve ser acompanhada de tecnologias e do envolvimento de todos os setores em torno da mobilidade e acessível para a maioria das pessoas.

O etanol é viável, explicou, porque mesmo emitindo um percentual de CO2, ele é absorvido na fase de desenvolvimento do vegetal, retornando na condição de combustível menos poluente do o material fóssil. Outro aspecto que favorece é a matriz energética do Brasil, que não é tão poluente como a de outros países e pode favorecer em um planejamento com a redução de custos para a transição ao modelo de eletrificação com sustentabilidade. Haveria ainda um ganho de tempo para a indústria desenvolver novos componentes para os carros elétricos, como semicondutores e sistemas eletrônicos.

“Há um desafio enorme e os nossos objetivos são bastante audaciosos, mas se todos os setores da cadeia produtiva não trabalharem pela mitigação a descarbonização não vai acontecer. Não dá para fazer sozinho, é preciso que fornecedores, instituições governo, universidades, institutos de pesquisa e de inovação, precisamos de todos trabalhando juntos. A área de conhecimento para o desenvolvimento desta transição, como design, powertrain, combustíveis, segurança veicular, chassi, transcende a indústria automotiva. A descarbonização é um ganha-ganha para todos”, reforçou.

Alexandre José Araújo dos Santos, coordenador do Instituto SENAI de Tecnologia em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, e Valter Luiz Knihs, diretor industrial de Engenharia e-Mobility da WEG, completaram a agenda do primeiro dia do 2º Mobicit, abordando o trabalho do Instituto SENAI, e da empresa jaraguaense em relação aos temas do Congresso.

Centro de treinamento é oficializado

Dentro da programação do 2º Mobicit, a Stellantis e o Instituto SENAI de Tecnologia em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis de Santa Catarina oficializaram parceria para a capacitação de profissionais em pesquisa e desenvolvimento de projetos voltados para veículos elétricos. Faz parte do projeto a criação de um centro de excelência em treinamento para profissionais de manutenção e segurança de carros elétricos e híbridos, junto ao Instituto SENAI em Jaraguá do Sul.

O vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, João Irineu Medeiros, que assinou o termo de cooperação diz que a parceria com o SENAI reforça o objetivo da empresa de ser protagonista na mobilidade limpa, segura e acessível. Capacitar pessoas e desenvolver pesquisas sobre o ecossistema da mobilidade elétrica são fundamentais para avançarmos com iniciativas que contribuam para a descarbonização do setor de mobilidade".

 

Com informações da Texto Livre Comunicação
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor

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