Florianópolis, 21.6.2017 – O empresário André Pereira, da Lunã Delícias Caseiras, de Penha, acompanha instantaneamente na tela de seu smartphone como está a produção das 3 toneladas diárias de biscoitos nas quatro linhas produtivas de sua fábrica. Sensores instalados no final de cada linha atualizam as informações no sistema. Este é o primeiro passo para a implantação de um processo de digitalização e conectividade da fábrica, dentro do Programa Brasil Mais Produtivo, conduzido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Nas próximas etapas, sensores serão instalados na entrada da matéria prima, na elaboração das massas e na saída dos fornos, permitindo que, em qualquer lugar em que esteja, André visualize em tempo real todo o processo produtivo.
A Lunã aderiu ao eixo chamado "Digitalização e Conectividade" do programa Brasil Mais Produtivo estimulada pelos resultados alcançados com a adoção da manufatura enxuta, há dois anos. “A Lunã obteve avanços em produtividade, na redução de movimentações e na qualidade, que resultaram em rápido retorno do investimento nas melhorias”, afirma o consultor do SENAI/SC Carlos Antonio Vinoti, que nesta quarta, 21, acompanhou a visita da coordenadora técnica do Programa Brasil Mais Produtivo do MDICT, Gabriela Maretto, e do especialista do SENAI Nacional Fábio Pires, para a avaliação dos resultados do trabalho, que, em fase experimental, está sendo implantado em outras cinco indústrias de SC - Fischer Frutas, Whirlpool, Embraco, Audaces e Rineli.
“Acompanhar a produção integralmente permite monitorar situações como paradas de máquinas, eventuais perdas e mesmo quando termina a produção de um lote”, afirma Pereira, cuja indústria gera mais de 60 empregos, 23 dos quais na fábrica. O carro-chefe é a produção de biscoitos, mas a empresa também produz macarrão e amendoim doce.
Brasil Mais Produtivo
O Programa Brasil Mais Produtivo foi lançado em 2016, com o eixo Manufatura Enxuta (lean manufacturing). Já atendeu 709 indústrias, que obtiveram, na média, 51,9% de aumento de produtividade, 59,3% de redução da movimentação do trabalho, 55,6% de redução de retrabalho. O retorno dos investimentos foi de 13 vezes o valor aplicado, em pouco mais de quatro meses de trabalho. Em Santa Catarina, foram 101 indústrias, cujos ganhos em média, foram de 44,2% na produtividade e de 62,6% na redução de movimentações internas e de 58,5% na redução de retrabalho. Esses benefícios representam 16 vezes o valor que as empresas investiram para implantar o programa. Em abril de 2017, o Brasil Mais Produtivo foi expandido e ganhou dois novos eixos – de Eficiência Energética e de Digitalização e Conectividade, que insere as empresas no conceito da Indústria 4.0.
Gabriela Maretto considera que o programa obteve “um salto qualitativo”, ao ampliar a capacidade do empresário da monitorar e analisar o processo produtivo. “O programa tem o objetivo de aumentar a produtividade da empresa da porta para dentro, fortalecendo a cultura de aperfeiçoamento contínuo”, afirmou. Ela ressaltou que as empresas participantes, como é o caso da Lunã, estão se preparando para saírem da crise mais fortalecidas.
O programa Brasil Mais Produtivo conta com apoio também da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina