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EUA adotam normas que evitam adulteração intencional de alimentos

Um em cada seis americanos adoece por ano em decorrência da contaminação de alimentos; adulteração por motivação econômica gera prejuízos de até 15 bilhões de dólares por ano.

Florianópolis, 04.04.2017 – Os especialistas Jon Woody e Colin Barthel, do Food and Drug Administration (FDA), a agência americana reguladora de alimentos e medicamentos, apresentaram nesta terça (4) na FIESC, as novas regras adotadas pelos Estados Unidos para coibir o comércio de alimentos adulterados intencionalmente. Em workshop promovido pelo SENAI/SC, entidade da FIESC, eles apresentaram as regras do Food Defense, em vigor desde maio do ano passado e que é o mais recente dos sete regulamentos implementados naquele país desde 2011, dentro do Food Safety Modernization Act (FSMA, Lei de Modernização da Segurança de Alimentos). As indústrias exportadores têm até julho de 2019 para implementar programas que previnam os riscos de contaminação.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, observou que há “considerável espaço para crescimento das exportações: atualmente, apenas 1,4% das exportações industriais de Santa Catarina para aquele país pertencem ao setor agroalimentar”. O segmento é um dos mais relevantes para a economia catarinense, respondendo por 40% das vendas externas e 15% dos empregos industriais. O presidente da FIESC lembrou que 43% dos embarques de alimentos de Santa Catarina para os EUA são de sucos de frutas, hortaliças e legumes. As carnes de suínos e aves representam 32,6% e os pescados, 12%. “A cadeia produtiva da carne em Santa Catarina trabalha com animais de alto desenvolvimento genético”, acrescentou. “Este workshop contribuirá para que empresas catarinenses ampliem seus conhecimentos sobre as novas ações de proteção da cadeia de alimentos envolvidos nos processos de importação dos Estados Unidos”. Em termos nacionais, o setor alimentar representa 30% das exportações industriais. As vendas brasileiras do setor para os Estados Unidos em 2016 totalizaram 1,5 bilhão de dólares (7,5% do total industrial exportado pelo Brasil).

Woody e Barthel destacaram que as adulterações intencionais ocorrem por motivações econômicas, terrorismo, sabotagem e falsificações. Elas diferem dos casos acidentais, que resultam de falhas de sistemas de controle. Os especialistas destacaram que um em cada seis americanos adoecem por ano em decorrência de contaminação de alimentos. O problema resulta em três mil mortes anuais no país. Apenas as adulterações motivadas por fraudes econômicas, geram de 10 a 15 bilhões de dólares anuais de perdas para indústrias prejudicadas. Eles também apresentaram ferramentas que o FDA oferece, incluindo softwares gratuitos disponíveis na internet, e os principais passos que as indústrias devem seguir para atender os requisitos.

A especialista em alimentos e bebidas do SENAI/SC Katherine Oliveira de Matos, destacou que “o mercado de alimentos está cada vez mais internacional, o que tem forte impacto na complexidade”. Ela citou exemplos, como o caso do Canadá que, embora não seja um grande produtor, é o maior fornecedor de cacau para os Estados Unidos. Outra situação é a do hambúrguer que tem 84 ingredientes, oriundos de inúmeros países. “São 84 subsistemas, para os quais é necessário um sistema complexo de proteção de alimentos”.

Inovação

No encontro, foram apresentadas oportunidades para inovação na indústria. José Luís Gordon, diretor de Planejamento e Gestão da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), informou que a organização possui em seu orçamento para 2017 R$ 250 milhões destinados a projetos de inovação no setor privado, além de R$ 20 milhões disponibilizados pelo Sebrae.

Já Fabio Pires, especialista em Desenvolvimento Industrial do SENAI Nacional, apresentou o Edital de Inovação para a Indústria, que a instituição lançou oficialmente em Brasília no mesmo horário. O edital disponibiliza R$ 53,9 milhões para o desenvolvimento de tecnologia, incluindo R$ 2 milhões para o desenvolvimento de cadeias de valor no setor de alimentos.

O coordenador de Inteligência de Mercado da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX/Brasil, Igor Isquierdo Celeste, apresentou estudo sobre as oportunidades para alimentos e bebidas nos Estados Unidos.

O evento foi promovido pelo SENAI/SC, entidade da FIESC, e terá outra edição no próximo dia 7, em Brasília. Informações no site sc.senai/inovação.

 

Assessoria de Imprensa

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

 

 

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