Florianópolis, 23.9.2016 – Os institutos SENAI de Inovação têm os objetivos de promover o desenvolvimento tecnológico e estimular a geração de novos negócios. A afirmação foi feita pelo diretor regional da instituição em Santa Catarina, Jefferson de Oliveira Gomes, à diretoria da FIESC, reunida neste dia 23. Segundo ele, desde a concepção da proposta, nos três institutos instalados em Santa Catarina já foram atendidas 230 empresas. “Neste exato momento, estão sendo rodados aproximadamente 19 milhões de reais em projetos, basicamente ligados ao desenvolvimento de máquinas. São empresas catarinenses que estão dentro dos institutos fazendo projetos para grandes empresas na área de máquinas”.
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Ele citou exemplos de grandes corporações que buscaram o apoio do SENAI para desenvolvimento de novos processos, dos quais surgem novos equipamentos. Startups e pequenas empresas se associam às pesquisas e podem se tornar fornecedoras do serviço que está sendo desenvolvido. Ao término, além das máquinas, são gerados novas empresas e novos negócios.
O diretor do SENAI também abordou o trabalho desenvolvido pelo sete institutos de tecnologia que a instituição implantou no Estado. Segundo ele, de 2011 até agora já foram atendidas 8,2 mil indústrias em serviços de metrologia. “O SENAI tem a maior rede de laboratórios acreditados no País e em Santa Catarina”, afirmou. Outra vertente da atuação são os serviços de consultoria, na qual a entidade já atendeu, no mesmo período, mais de 3,5 mil indústrias.
Indústria criativa
Os presidentes da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Moda da FIESC, Sérgio Pires, e do Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC), Amélia Malheiros, apresentaram as tendências do setor e da indústria criativa em geral no Brasil. Pires citou que o segmento nacional de moda é composto por 33 mil empresas e gera 1,5 milhão de empregos. “É o maior empregador de mulheres no país”, afirmou, destacando também que o País ocupa a quarta colocação no ranking mundial de produção de moda, atrás de China, Índia e Estados Unidos. Em Santa Catarina, segundo Pires, a indústria da moda é a que mais emprega, respondendo por 21% dos empregos industriais. O Estado ocupa a segunda posição entre os maiores produtores de moda brasileiros.
Amélia, do SCMC, destacou o crescimento da indústria criativa, que é composta por segmentos como mídia, comunicação, moda e tecnologia. Conforme relatou, no período de 2004 a 2013, a participação da indústria criativa na economia brasileira cresceu 69%. Hoje, com R$ 126 bilhões de dólares, responde por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O setor totaliza 890 mil trabalhadores, 25% lotados em indústrias tradicionais.
Em dez anos, o SCMC já atingiu 52 indústrias, 27 instituições de ensino. “Nesse período, 30 mil pessoas foram impactadas pelos conceitos que defendemos”, salientou. Segundo Amélia, em 2015 foram “realizadas 24 mil horas de transformação”, como ela designou os treinamentos e capacitações. “Precisamos construir uma indústria mais inovadora e mais criativa. Só desta forma poderemos superar as dificuldades que estão postas”, concluiu Amélia.
Ainda na reunião de diretoria, a presidente da Formus, a arquiteta Claudia Silvestre, de Tubarão, fez uma apresentação da empresa do setor moveleiro e destacou que as mudanças implementadas na organização têm focado a inovação disruptiva nos produtos e processos. Depois de alguns desafios, a empresa repensou as estratégias, fez parcerias com arquitetos de renome nacional para ampliar o mercado, e, atualmente, está fabricando produtos com um viés mais artesanal. A antiga cantina de vinhos da família, localizada em frente à fábrica, foi restaurada e transformada num espaço de pesquisa, desenvolvimento, inovação e criatividade.
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