Florianópolis, 04.10.2016 – Profissionais do Instituto SENAI/SC de Alimentos e Bebidas vão capacitar profissionais da indústria de alimentos e bebidas em aspectos de qualidade e segurança, visando a inserção competitiva de negócios nos mercados nacional e internacional. O primeiro treinamento ocorreu na semana passada, em Minas Gerais. O enfoque central do trabalho é o entendimento dos requisitos estabelecidos pelos mercados consumidores.
O comércio internacional de alimentos se torna complexo dada a quantidade de normas e leis que existem em diferentes mercados. “Compreender e respeitar essas normas é de fundamental importância para a sobrevivência das empresas”, afirma a especialista Katherine de Matos, do SENAI/SC. Os requisitos vão desde aspectos relacionados à qualidade e segurança dos alimentos até mesmo requisitos relacionados a aspectos religiosos, como por exemplo, as certificações Kosher e Halal. “No abate Halal, por exemplo, a frente do animal deve estar voltada para a cidade árabe de Meca. Já para um produto ser considerado Kosher carne e leite não podem ser misturados”, explica Katherine.
Em muitos casos, as diversas regulamentações trazem regras divergentes. “A lista de alergênicos proibidos na União Europeia é diferente da norte-americana. Alimentos considerados alergênicos em um mercado não são considerados em outro. A União Europeia, para exemplificar, considera aipo, mostarda e sementes de gergelim como alergênicos, que por outro lado, não estão na lista dos Estados Unidos”, explica a especialista.
Uma das situações mais recentes é a nova legislação americana de segurança de alimentos (FSMA, na sigla, em inglês, Food Safety Modernization Act). A nova lei, foi aprovada em 2011 e, desde então, o FDA (Food and Drug Administration, a agência reguladora), já publicou um conjunto de regras específicas para os diversos aspectos da produção de alimentos, alinhadas às normas gerais previstas no FSMA. “Uma das mais recentes, publicada em junho deste ano, refere-se à adoção de medidas para prevenir adulterações intencionais, como fraudes, sabotagem, bioterrorismo”, comenta a especialista. Portanto, as empresas que desejam iniciar ou manter a exportação dos seus produtos, deverão se preparar para adotar as novas exigências.
“Com essa nova legislação, o FDA aumentará consideravelmente a quantidade de auditorias realizadas no exterior. As indústrias que se anteciparem e conseguirem se adaptar terão uma vantagem competitiva importante”, ressalta a consultora do SENAI/SC.
As capacitações são promovidas pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (CIN), ligados às Federações das Indústrias de cada Estado.
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